16 de março de 2012

Melhor amar



Reflito e vigio para não cometer o bullying velado. Como ao olhar para um amigo, um filho, ou mesmo um desconhecido, passe em minha mente os julgamentos, parâmetros e conceitos "comprados" das conversas, das "esquinas", em muitas  "organizações " e na mídia - e que eu alimento. 

Posso não dizer em palavras, com o som de minha voz, mas posso fazê-lo através de meu olhar e de pensamentos e sentimentos, sem mesmo o perceber, pois de certo modo, já estou condicionada (o). 

Quantas vezes meu olhar  desdenhou o outro? 

Até mesmo com meu par, acho que ele (a) é infantil, ou egoísta, ou  nada do que faz considero que está bom, desdenho-o (a) em tudo ou quase tudo, fico corrigindo-o (a), julgando-o (a)... E  etc... 

Comento ou avalio veladamente que minha amiga está muito gorda  ou muito magra  ou que é "feia" (?), ou que é pouco inteligente (?), ou desinformada e, assim caminhamos. 

Existe uma “energia" no ar que parece impulsionar atitudes assim e para a qual devemos ficar mais atentos.  Bom é reavaliar e mudar. 

Transmutar em luz. 
Amor incondicional

Bom refletirmos, porque talvez nossos filhos repitam essas atitudes nas escolas, no local de trabalho, nas relações de amizades e, no futuro,  para com seus próprios filhos. Assim, vamos alimentando a corrente.  

Temos muitas teorias, desde a filosofia  e até mesmo em algumas religiões, dizendo que julgamos no outro o que está em nós. 

Vamos refletir...

Estamos em tempos de discussões sobre o bullying. Alguns até estão "cansados" de conversar e de serem cobrados para que reflitam a respeito. Descansem um pouco, então. 

Mas abram logo os olhos, parem e pensem: melhor amar.


(Texto originalmente escrito e publicado em março de 2011)