5 de março de 2013

Foco: empresa sustentável


Pensando aqui com meus botões...
Por mais que eu consuma água beirando ao desperdício, nunca será tanto quanto a quantidade necessária para produção de um único gênero alimentício e para a maioria de cada um dos bens que consumimos.

Por mais que eu gere lixo, nunca será tanto quanto o que é gerado pela pecuária, mineração e agricultura.

Por mais que eu “desperdice” energia, deixando lâmpadas acesas desnecessariamente, entre outros tantos exemplos, ainda assim, não chega nem perto do quanto é consumido pelas indústrias.

Juntas, a pecuária, mineração e agricultura geram quase 100% de lixo no planeta. E a agricultura sozinha, consome 92% de toda a água doce. 

É possível reduzir o uso da água na produção de alimentos?


É óbvio, público e notório para todos que as grandes lavouras, a pecuária, indústrias e empresas só existem porque existe uma demanda provocada pelos consumidores (todos nós). Óbvio também que temos responsabilidade sobre as possíveis consequências negativas que tudo isso causa.

Ao mesmo tempo, parece bem claro para todos que a boa economia de um país e os nossos empregos são gerados pelas empresas. A compra e a venda. 
Isto é: o consumo.
Somos em torno de sete bilhões de habitantes na Terra e, dentro desse número, estão os cidadãos que administram empresas e os cidadãos que não tem acesso à água potável, por  exemplo.

Estamos todos no mesmo maravilhoso barco-navio transatlântico que poderá repetir a história do Titanic ;) Brincadeirinha... Não sou da turma do Hardy. Estou mais para a visão do Lippy, pois estou certa que temos solução para tudo.


inovação, produto sustentável, empresas sustentáveis
Lippy e Hardy
Mas, como muitos, fico um tanto chateada (muito indignada, diria) em saber que ainda temos alguns no "andar de cima do navio", cheios de mordomias, e outros... penando para manter a mordomia desses “alguns”.

Desses sete bilhões, só os "cidadãos comuns" em seus afazeres domésticos é que devem se preocupar com seu lixo, economizar água e energia, e fazer compras com sacolas PET?

Uma coisa é a tomada de consciência e mudança de atitudes relacionadas às nossas atividades triviais no cotidiano; outra é ter o direito de saber de fato o que as empresas estão fazendo para melhorar ou, no mínimo, atenuar essa situação.

Quantas estão evitando desperdício, evitando envenenamento das águas, solo e ar que resultam do processo de produção e fabricação dos tantos bens de consumo?

Quantas estão implantando soluções inovadoras, como processo de produção (e produto) mais sustentável, reúso da água, projetos de energia limpa/renovável, solução para o lixo, coisas assim??...

Se as empresas não mudam esse cenário em nosso benefício e do meio ambiente, mesmo com nossas mudanças no dia a dia -como escovar os dentes com a torneira fechada e separar o lixo-, na soma, veremos que pouco ou nada acaba sendo resolvido. 

Além disso, ficamos de mãos atadas, pois muitos dos gêneros que consumimos são de primeira necessidade e não temos opções alternativas.
Aliás, mesmo sobre os gêneros que não são tão de primeira necessidade assim ou chamados de supérfluos, considero que temos o direito de usufruí-los.  Quem quer voltar para a idade da pedra? Bom, eu não. 

Temos o direito que tudo seja produzido de forma sustentável.

Bom saber que já temos empresas mudando, inovando... ECOinovando.

Bom saber que algumas organizações que existem pelo mundo, fazem campanhas e fomentam projetos com informações a respeito dessas empresas sustentáveis.

Bom saber que muitos fazem sua parte em prol do bem-estar da humanidade e do planeta.